Pensando na morte da bezerra? Por que sonhamos acordados?

Pensando na morte da bezerra, saiba como lidar com a perda de um animal de estimação de forma saudável e reconfortante.

Se você é aquela típica pessoa que passa alguns momentos do seu dia pensando na morte da bezerra ou melhor dizendo, olhando pro nada meio que sem pensar em nada, mas ao mesmo tempo pensando em alguma coisa, a analise do artigo científico de hoje pode trazer explicações para você do por que pensando na morte da bezerra.

Vamos juntos mergulhar em um artigo científico da área da Psicologia e do comportamento para entender o que está rolando no mundo da ciência. Neste post vamos analisar o artigo direto da ScienceDaily, onde nós vamos entender o que acontece no cérebro enquanto a gente sonha acordado.

 

Desvendando o Mistério do Sonhar Acordado

Se você é aquela típica pessoa que passa alguns momentos do seu dia pensando na morte da bezerra ou melhor dizendo né olhando pro nada meio que sem pensar em nada, mas ao mesmo tempo pensando em alguma coisa, o artigo científico de hoje pode trazer explicações para você.

Veja só, você está sentado em silêncio e de repente seu cérebro se desliga do mundo e vague para algo totalmente diferente. Talvez uma experiência recente, uma memória antiga. Você acabou de sonhar acordado. No entanto, apesar da omnipresença dessa experiência, o que acontece no cérebro enquanto se sonha acordado é uma questão que tem escapado largamente aos neurocientistas.

Agora, um estudo com ratos publicado na revista Nature trouxe uma equipe liderada por pesquisadores da Harvard Medical School um passo mais perto para descobrir de onde vem essa história. Os pesquisadores rastrearam as atividades dos neurônios no córtex visual do cérebro de ratos enquanto os animais permaneciam em um estado de vigília tranquila. Eles descobriram que ocasionalmente esses neurônios disparavam um padrão semelhante ao que ocorria quando um rato olhava para uma imagem real, sugerindo que o rato estava pensando ou sonhando acordado sobre aquela imagem.

Além disso, os padrões de atividade durante os devaneios do rato previram como a resposta do cérebro à imagem mudaria ao longo do tempo. Os cientistas passaram um tempo considerável estudando como os neurônios reproduzem eventos passados para formar memórias e mapear o ambiente físico no hipocampo, uma região do cérebro que tem uma forma ali de um cavalo marinho e que desempenha um papel fundamental na memória e na navegação espacial. Por outro lado, tem havido pouca investigação sobre a repetição de neurônios nas outras regiões do cérebro, incluindo o córtex visual. Tais esforços forneceriam informações valiosas sobre como as memórias visuais são formadas.

Nesse novo estudo, os pesquisadores mostraram repetidamente aos ratos uma de duas imagens, cada uma consistia em um padrão xadrez diferente de quadrados cinza e preto e branco. Entre as imagens, os ratos passavam um minuto olhando para uma tela cinza. A equipe registrou simultaneamente a atividade de cerca de 7.000 neurônios no córtex visual. Descobriram que quando um rato olhava para uma imagem, os neurônios disparavam em um padrão específico e os padrões eram diferentes o suficiente para diferenciar uma imagem da outra.

Os devaneios do córtex visual ocorriam ao mesmo tempo que a atividade de repetição ocorria no hipocampo, sugerindo que essas duas regiões do cérebro estavam se comunicando durante os devaneios. Com base no resultado dos estudos, os pesquisadores suspeitam que esses devaneios podem estar ativamente envolvidos na plasticidade neuronal. Entrar em um estado de vigília tranquila após uma experiência pode melhorar a aprendizagem e a memória. Portanto, é importante abrir espaço para momentos de vigília tranquila que levem a devaneios, pois esses eventos podem ser importantes para a plasticidade cerebral.

A Influência do Ócio na Plasticidade Cerebral

A Influência do Ócio na Plasticidade Cerebral

O ócio, muitas vezes visto como um momento de desconexão ou falta de produtividade, pode ter um impacto significativo na plasticidade cerebral. Estudos recentes têm mostrado que os momentos de relaxamento e devaneio podem desempenhar um papel fundamental na formação de memórias e no processo de aprendizagem.

Quando estamos em um estado de vigília tranquila, nosso cérebro tem a oportunidade de processar e consolidar informações de maneira mais eficaz. Durante esses momentos, as conexões neurais se tornam mais flexíveis, permitindo a adaptação e o armazenamento de novas informações.

Uma pesquisa realizada com ratos revelou que, durante períodos de relaxamento, os neurônios no córtex visual do cérebro disparavam em padrões semelhantes aos observados quando os animais estavam expostos a estímulos visuais reais. Isso sugere que, durante o ócio, o cérebro pode estar “sonhando acordado” e processando experiências visuais passadas.

Além disso, foi observado que, ao longo do tempo, os padrões de atividade cerebral associados a diferentes estímulos visuais se tornavam mais distintos, indicando uma especialização e separação mais clara das memórias visuais. Isso sugere que o ócio pode contribuir para a diferenciação e armazenamento eficiente de informações visuais.

Os resultados desses estudos levantam a hipótese de que os momentos de devaneio e relaxamento podem desempenhar um papel ativo na plasticidade neuronal, influenciando a formação e organização de memórias no cérebro. Portanto, reservar tempo para o ócio e a inatividade pode ser crucial para o processo de aprendizagem e para a consolidação eficaz de novas informações.

Conexões Neurais e Memórias Visuais na Vigília Tranquila

O estudo das conexões neurais e memórias visuais durante a vigília tranquila tem despertado o interesse dos neurocientistas. Durante esses momentos de relaxamento, o cérebro pode entrar em um estado de devaneio, onde ocorrem atividades neurais que influenciam a forma como processamos e armazenamos memórias visuais.

Pesquisadores da Harvard Medical School realizaram um estudo com ratos para investigar as atividades dos neurônios no córtex visual durante a vigília tranquila. Eles observaram que, durante esse estado de relaxamento, os neurônios ocasionalmente disparavam padrões semelhantes aos observados quando os ratos estavam olhando para imagens reais. Isso sugere que os ratos estavam possivelmente sonhando acordados sobre essas imagens.

Além disso, os padrões de atividade durante esses devaneios iniciais dos ratos foram capazes de prever como o cérebro responderia a essas imagens ao longo do tempo. Isso indica que os devaneios durante a vigília tranquila desempenham um papel na organização e processamento das memórias visuais.

Os pesquisadores também observaram uma mudança nos padrões de atividade ao longo do tempo, indicando uma especialização dos grupos de neurônios ativados para cada imagem. Essa especialização sugere que os devaneios durante a vigília tranquila podem estar ativamente envolvidos na plasticidade neuronal, contribuindo para a aprendizagem e a memória.

Essas descobertas fornecem insights valiosos sobre a importância de momentos de vigília tranquila e devaneio para o processamento cognitivo e a formação de memórias visuais. Entender como o cérebro utiliza esses períodos de inatividade para consolidar e organizar informações visuais pode ter implicações significativas no campo da neurociência e da psicologia.

Os Efeitos dos Devaneios na Organização Cerebral

Os Efeitos dos Devaneios na Organização Cerebral

Os devaneios, ou sonhar acordado, são momentos em que a mente se desconecta do mundo exterior e vagueia por pensamentos e memórias internas. Esses momentos de inatividade aparente têm um impacto significativo na organização cerebral e na plasticidade neuronal.

Estudos recentes têm demonstrado que, durante os devaneios, o cérebro ativa padrões de atividade neuronal semelhantes aos observados durante a percepção de estímulos visuais reais. Isso sugere que o cérebro está ativamente envolvido em processar memórias e experiências durante esses períodos de inatividade aparente.

Além disso, a repetição de neurônios no córtex visual durante os devaneios tem sido associada a uma melhora na capacidade de discriminar e processar diferentes estímulos visuais. Isso indica que os devaneios desempenham um papel importante na organização e consolidação das memórias visuais no cérebro.

Outra descoberta interessante é que os devaneios ocorrem em conjunto com atividade de repetição no hipocampo, sugerindo uma comunicação entre essas duas regiões do cérebro durante esses momentos de sonhar acordado. Essa interação entre o córtex visual e o hipocampo durante os devaneios pode estar diretamente relacionada à plasticidade neuronal e ao processo de aprendizagem e memória.

Portanto, os devaneios não devem ser vistos como meros momentos de ociosidade mental, mas sim como períodos em que o cérebro está ativamente envolvido na organização, processamento e consolidação de memórias e experiências, contribuindo para a plasticidade cerebral e a capacidade de aprendizagem.

Pensando na morte da bezerra: Fundamento para Processamento Cognitivo

Tempo de inatividade é um fenômeno que muitas vezes passa despercebido, mas desempenha um papel fundamental no processamento cognitivo. Quando nos encontramos em momentos de quietude, seja em um estado de vigília tranquila ou simplesmente divagando sem rumo aparente, nosso cérebro está longe de estar inativo. Na verdade, é nesses momentos que ocorrem processos neurais complexos e essenciais para a plasticidade cerebral.

Estudos recentes têm demonstrado que durante períodos de vigília tranquila, o córtex visual do cérebro humano e de outros mamíferos, como os ratos, exibe atividades peculiares. Neurônios disparam padrões de atividade semelhantes aos observados durante a visualização de imagens reais, mesmo quando o indivíduo não está focado em nenhuma tarefa específica. Isso sugere que o cérebro está envolvido em devaneios ou “sonhos acordados”, onde recria ou processa informações visuais passadas, mesmo em um estado de aparente inatividade.

Além disso, a repetição de neurônios no córtex visual tem sido associada à formação de memórias visuais e à diferenciação entre estímulos visuais distintos. Durante momentos de devaneio, os padrões de atividade cerebral associados a diferentes estímulos visuais se tornam mais distintos, indicando um refinamento e especialização na representação neural desses estímulos ao longo do tempo.

Esses achados sugerem que o tempo de inatividade e os devaneios desempenham um papel crucial na plasticidade neuronal, influenciando a forma como o cérebro processa e armazena informações. A pausa na estimulação visual e a oportunidade para devaneios parecem contribuir para a consolidação e diferenciação de memórias visuais, melhorando assim a aprendizagem e a capacidade de retenção de informações.

Portanto, reservar momentos de inatividade e permitir-se divagar sem rumo aparente pode ser mais benéfico do que se imagina. Esses períodos de quietude podem ser essenciais para o funcionamento saudável do cérebro, promovendo a plasticidade neuronal e contribuindo para a melhoria da aprendizagem e da memória.

 

Fontes:

What happens in the brain while daydreaming? | ScienceDaily

How Daydreams Shape Our Brain’s Visual Response – Neuroscience News